Tenho uma teoria.
Porque o amor também é música.
Quando começa, faz o coração bater forte, como o samba.
Na entrega, faz os corpos tremerem, como o rock and roll.
Após o terremoto, convida ao relaxamento, como o blues.
Nos momentos alegres, traz leveza, como a bossa nova.
Nos percalços, eleva a pressão, como a ópera.
Quando termina, faz chorar, como o bolero.
O amor é música, do princípio ao fim, é uma trilha sonora sem tamanho definido, uma parada de sucessos que pode ser interrompida a qualquer tempo ou durar uma vida inteira.
O amor embala como música, se reafirma na música.
Por isso não há um casal que não tenha o seu tema, aquela canção que chama de “sua”… Porque os apaixonados se apropriam da música com o direito de quem sente o que despertou a inspiração…
E porque toda pessoa sonha, um dia, viver um amor menos ordinário, como aquele que Tom Jobim e Vinícius de Moraes imortalizaram nos versos de Eu sei que vou te amar :
“Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida”